A capa da Vogue e o estigma (ainda presente) em relação à saúde mental.

A capa não foi bonita. A forma como foi tratado um assunto delicado, mas que deveria deixar de ser tabu, não foi a melhor.

O pedido de desculpas por parte da marca já surgiu, no entanto este texto mantém-se sempre atual.

Infelizmente, urge a necessidade de serem disseminadas ideias opostas àquelas que são disseminadas. A preocupação vai ao encontro do simples facto da interpretação realizada por uma marca, poder ser a mesma que é propagada pela sociedade.

A consciência, os pensamentos distorcidos e as crenças desajustadas serão sempre tópicos a trabalhar.

Temas em que é possível trabalhar! A mudança é sonhada pelos psicólogos, que são os admiradores da ciência do comportamento humano. Mas … ainda assim, outros sonhos persistem.

Um dos maiores sonhos dizem respeito ao aumento da literacia em saúde mental e, consequentemente, a redução dos estigmas e preconceitos.

Não temos como romantizar as coisas, tal como, colorir uma realidade que acarreta sofrimento para muitas e muitas pessoas. Mas temos, podemos e devemos alertar todos para as fronteiras ténues entre o que é considerado normativo e patológico (em linguagem corrente, os normais e os malucos).

Expressões que saem pela boca fora e revelam a desinformação que se faz sentir, dificultam o que não deveria ser uma utopia: a integração!