Depois de mais de 60 dias de confinamento…

Continuo em casa, a manter o distanciamento social.

Estar em confinamento durante mais de dois meses tem um impacto na saúde física e mental de uma pessoa. A maioria de nós somos seres sociais. Gostamos de estar em contacto com pessoas, de abraçar. Gostamos de estar com pessoas de diferentes idades, profissões e com diferentes opiniões que nos tornam muitas vezes mais inteligentes e abertos ao que se passa no mundo.

Para quem está habituado a viver na cidade, vir para o campo em tempos de confinamento é uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo que temos imenso espaço para espairecer e só ouvimos o som dos passarinhos logo pela manhã, sentimos falta da agitação e de ver pessoas diferentes todos os dias. Nestes tempos, nunca um “olá” numa caixa de supermercado foi tão importante. Aprendemos a olhar mais para o próximo, a ver o que ele precisa, a conhecer melhor os nossos vizinhos, mesmo que a 2 metros de distância.

Considerando os tempos que vivemos, a oportunidade de integrar a World Needs nunca foi tão importante e significativa. Ao fim de mais de 60 dias de confinamento, ser chamada a integrar um projeto que pensa nos outros, fundado por voluntários que querem marcar a diferença e com uma energia do “desde que estejamos juntos, tudo se consegue” é acreditar que tudo se vai resolver. Mesmo à distância, conseguimos novamente conhecer pessoas de diferentes idades, profissões e com opiniões fortes de como ajudarmos mais os outros.

Num mundo onde as pessoas estavam a pensar cada vez mais no cada um por si, a World Needs vem mostrar que é possível trabalhar juntos e sermos aliados na busca por um mundo melhor. Demos as mãos na construção de algo magnífico. Como Baden-Powell disse “leave this world a little better than you found it.”