Estão lançadas as bases de um Novo Mundo.

Quem já leu as grandes obras literárias sobre distopias – 1984, Admirável Novo Mundo, Animal Farm, O Processo – estará tentado a fazer um paralelo desses mundos com o mundo em que vivemos, em larga escala influenciado por uma corrente que capitaliza com os sentimentos negativos da população, num círculo vicioso sem fim.

Há alguns factos que facilmente quebram esse círculo vicioso e rapidamente nos fazem ver que nunca a Humanidade esteve tão bem.

Sabiam que, no mundo inteiro, nunca houve tão poucas pessoas em situação de pobreza extrema?

Sabiam que, no mundo inteiro, nunca estivemos numa posição tão boa para erradicar a fome?

Sabiam que, no mundo inteiro, o trabalho infantil nunca foi tão baixo?

Sabiam que, nunca houve tanto tempo de lazer nos países desenvolvidos como agora (i.e., nunca houve tão poucas horas de trabalho nesses países)?

Sabiam que, no mundo inteiro, a esperança média de vida aumentou exponencialmente desde o início do Século XX?

Sabiam que, no mundo inteiro, nunca houve tão poucos casos de mortes maternas?

As bases para um Novo Mundo estão lançadas. Um Novo Mundo melhor, brilhante e livre, muito diferente do Novo Mundo do 1984, escuro e totalitário.

Para isso, temos de deixar de lado as ideologias, as diferenças, as quezílias, a desconfiança e dar lugar à cooperação, à virtude, à ética, à moralidade, à transparência. Espero que todos tenham tido a oportunidade de refletir sobre isto na quarentena e que coloquem na prática esses princípios daqui para a frente.

Esses são também os valores que a World Needs defende. É através desses que a mesma quer mudar o Velho Mundo para que este dê lugar a um Novo Mundo.

Namastê!

Rui

(Adapt)Ação neste tempo de pandemia

A forma de como passamos a olhar para o nosso dia a dia mudou, precisamente, porque fomos obrigados a fazê-lo. Uns mais cedo, outros mais tarde. Mas fácil se entendeu que acabou por ser unânime a conscientização de cada um de nós de que o COVID-19 veio mudar os nossos hábitos de vida. Talvez, e sem qualquer reserva, em alguns casos, para melhor.

Em pouco tempo ficou implícito, para o bem de todos, que o caminho a seguir teria de passar pelo confinamento à nossa habitação e pela adoção do distanciamento social. Ficamos reduzidos ao estritamente necessário, fazendo com que todos (ou a grande maioria) se obrigassem a parar. E talvez o mundo, com esta paragem que se sucedeu, acabou por entender o quão fundamental é o valor de um simples abraço ou de um carinho junto de quem nos é próximo. E que a pressa, muitas vezes, num corre-corre diário, nos afasta daquilo que é mais importante na nossa vida.

O contacto que era de fácil acesso deixou de o ser. Tornou-se digital. Deixou de ser palpável. Tivemos de nos adaptar às condições de um novo quotidiano que, entre a manhã e a noite, na sombra do mesmo tema, repetidamente, se ecoou. Ficamos preocupados e sensibilizados. Porque se trata do nosso povo e porque falamos do direito à vida que deve ser garantido a toda a humanidade. E não há dinheiro algum que pague a vida de um ser humano.

De entre os dados que nos chegam das entidades oficiais, surgem também sinais de esperança de heróis que, incansavelmente, nas várias frentes de batalha, dedicam o seu tempo para proteger, recuperar e salvar pessoas.

São eles agentes do setor alimentar, dos transportes, bombeiros, INEM, forças de segurança, auxiliares e técnicos das IPSS’s, profissionais de saúde, entre todos aqueles que diariamente trabalham para que não falte nada às famílias e para que tudo seja feito para ultrapassar as dificuldades de quem mais precisa. E aqui cabem todos, sem exceção.

Obrigado.